Muito se tem questionado, ultimamente, sobre o papel dos meios de comunicação na apuração de fraudes, crimes, enfim, do chamado “jornalismo investigativo”. Parece que é indiscutível a importância deste tipo de atuação da imprensa, sendo notória a contribuição para a solução de crimes, fraudes e todo o tipo de “falcatruas”, principalmente quando cometidas contra o patrimônio público. De outra banda, excessos e equívocos também são cometidos, onde os meios de comunicação muitas vezes dão dimensão estratosférica a assuntos não tão relevantes, desviando a atenção da sociedade ou então cometendo injustiças homéricas contra pessoas inocentes. Citem-se os casos mais recentes, como aquele envolvendo os proprietários de uma escola em Brasília (caso Escola-Base), a morte do jornalista Daudt, onde a mídia publicava todos os dias o atraso nas investigações, forçando situações onde a Policia era colocada diariamente em “xeque”, culminando com o encerramento das investigações em tempo recorde, o que mais tarde descobriu-se ser a causa da absolvição do principal acusado. Mais recentemente poderíamos citar, ainda, a morte por atropelamento de um menino em Capão da Canoa, que supostamente estaria furtando uma motocicleta.